Parece
que, quando a vida não me dá um dilema pra resolver, eu tenho que
inventar o meu próprio e, juro, dia desses eu tava pensando o que eu
faria se eu pudesse curar o câncer beijando a boca das pessoas. Tipo um
superpoder, saca? Mas, assim, não um selinho, um senhor beijo mesmo.
Estaria eu disposto a salvar a humanidade beijando na boca dela?
Eu fiz essa pergunta casualmente para o Luiz.
- Hoje eu tenho aula à noite.
- ...
- ...
- ...
Porque
eu acho que iria querer salvar, sabe? Mas,
gente......................... BEIJAR BOCAS. Não só bocas jeitosinhas,
acompanhadas de pessoas pelas quais você sente um tchun, mas TODAS AS
BOCAS. Bocas de todas as idades (pensem na terceira idade) (e nas
crianças!!!), gêneros, orientações sexuais, classes sociais e fumantes. E
você seria tipo A CURA DO CÂNCER e eu não tenho certeza se seria bom o
que a humanidade faria com você se você chegasse num microfone e
gritasse "Aê, galera! Façam uma fila aqui, vou curar o câncer de
vocês!". E meio que não é uma coisa que daria para fazer na surdina,
sabe? As pessoas falam.
- Mas aí você está sendo egoísta, Felipe.
- ...
Porque
é óbvio que eu estava pensando em como minha vida ia ficar meio
desgraçada com toda a fama e grandes responsabilidades, sendo que, cara,
CURAR PESSOAS DO CÂNCER. A conversa morreu aí mesmo, mas eu tô pensando
até agora que ele, que é candomblecista, teve que me dar esse tapa na
cara para eu enxergar algo que, sei lá, Jesus faria (Na verdade, já fez,
né, não sei se vocês conhecem aquela história que ele começou curando as
pessoas e morreu crucificado).
Será que Jesus sabia beijar na boca? Aí já é outro dilema.
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