Às vezes, eu fico pensando que, se fosse para salvar o mundo numa tacada só, nem a Liga da Justiça e nem os Vingadores dariam conta. Eu quero um mundo melhor. Digo, muito melhor, porque, convenhamos, o nosso é meio problemático, mas não dá para levar o peso todo nas costas. Acho que, se eu fosse super-herói e tivesse a obrigação de salvar o dia sempre, ia deitar no chão em posição fetal e ficar ali tapando os ouvidos.
Ainda bem que eu não sou. Eu conheço muita gente que se cobra dessa forma, como se uma vida só valesse a pena se tivesse uma grande contribuição para a humanidade. Como dormem à noite? Não sei. Eu realmente acredito que pessoas podem mudar o mundo completamente, mas também acredito que a esmagadora maioria delas não vai chegar nem perto, mesmo querendo muito.
Eu provavelmente sou uma dessas pessoas que ninguém mais vai lembrar daqui a duzentos anos, mas estou muito bem com isso, obrigado.
Hoje é 15 de julho, então eu tive que pegar meu livro favorito e relembrar que, realmente, acho que o importante é fazer diferença. Mudar o mundo? Talvez. Vai que. Mas, pelo menos, só um pouquinho ao nosso redor. Você pode não ter a capacidade de descobrir a cura da AIDS e nem de trazer a paz mundial, mas mudar um pouquinho ao redor? É uma coisa que todo mundo, sem exceção, consegue fazer.
Pessoas, gente, acho que o segredo está nas pessoas. Maior cafonice da minha parte (não me arrependo), mas um ser humano pode fazer tanto por outro!
Ah, mas eu não tenho dinheiro
Doe sangue! Pode não estar salvando o planeta Terra, mas salvou o mundo daquela pessoa que precisou.
Ah, mas eu não posso doar sangue por motivos XYZ
Participe de um trabalho voluntário! Às vezes, nós temos um espaço de tempo completamente inútil, um espaço que poderia ser muito bem preenchido com trabalhos voluntários. Andei dando uma pesquisada e existem várias redes de voluntários, projetos que já duram anos, bem organizados e focados. O que eu li muito também, em depoimentos de voluntários, é que a pessoa entra achando que está doando, mas, com o tempo, percebe que é quem mais recebe <3
Ah, mas eu não tenho tempo
Seja bom para alguém, gratuitamente! As pessoas só esperam hostilidade das outras. É só olhar essas matérias em que uma pessoa teve uma atitude gentil (tipo, devolver uma carteira com dinheiro perdida) e fica todo mundo NOSSA, FÉ NA HUMANIDADE RESTAURADA, sendo que, gente, uma coisa tão básica! Mas, viu? Tá em falta. Então fazer o básico e tratar as pessoas como gente já é fazer a diferença num mundo em que só esperam o pior de você.
No fim das contas, a gente nem precisa dos super-heróis, porque acho que o poder maior está em pessoas comuns ajudando pessoas comuns. Parece um pouco batido mesmo, mas cadê que a gente lembra disso todos os dias?
Mudem o mundo um pouquinho ao redor de vocês.
***
Se você: 1) Quer mudar o meu mundo e, quem sabe, despertar essa vontade de ajudar em outras pessoas também, compartilhe esse texto!
2) Quer me dar um presente de 15 de julho (vocês sabem...), compartilhar esse texto é uma boa escolha.
3) Tem menos de seis graus de distância do David Nicholls (autor de Um Dia), POR FAVOR, COMPARTILHA, vai que ele vê :P
4) É o David Nicholls e chegou aqui por causa da pessoa do item 3, OLHA, DAVID, VAMOS CONVERSAR SOBRE O FINAL DE UM DIA.
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Se todos mudassem o mundo ao seu redor, o mundo como um todo também mudaria. Tão óbvio e tão ignorado, né?
ResponderExcluirSIM!
ResponderExcluirEsse não em fez rir, mas me tocou <3
ResponderExcluirSe ninguém espera nada da gente, qualquer coisinha que a gente fazer já vai surpreender. Eu tenho isso comigo e tento aplicar na minha vida, sabe? Gentileza, por exemplo. No geral, são coisas muito simples, que a gente esquece. Se a gente fazer a vida de outra pessoa um pouquinho melhor, fazendo ela rir no trabalho, ou sei lá, sendo amigo, isso já conta. Resumindo, fazer a vida de quem nos cerca mais feliz. E me toca muito isso, sabe? Impulsionar alguém, ser apoio... apenas <3
Aqui um link com gestos de gentileza para caso alguém estiver com a fé na humanidade abalada: http://razoesparaacreditar.com/ser/mais-30-fotos-de-gentileza-que-provam-que-o-mundo-pode-ser-melhor/
Helena <3
ResponderExcluirSim, gentileza conta muito. Outra coisa que a gente esquece e que faz diferença: demonstrar para outra pessoa que ela é importante na nossa vida. Às vezes, a pessoa é ÓTIMA e tá lá se sentindo um lixo, sem saber das maravilhas que opera na gente.
Ser apoio <3
Já coloquei o site no meu feed. É tão raro ler notícias positivas!
Muito amor esse post! Fazer a diferença é um negócio tão fácil e, ao mesmo tempo, tão difícil, nem sei o que dizer...
ResponderExcluir1) Parabéns (atrasados) pelo dia 15!
ResponderExcluir2) Esse texto: ♥
3) Compratilhado no meu FB.
4) Essa teoria dos graus de distância só serve para amizades? Ou se a pessoa só foi apresentada pra outra já conta? Pq se for o segundo caso, talvez eu tenha os graus de separação... e se eu não tiver, a Elisa com certeza tem, pq ela conheceu a ANNE HATHAWAY....! A Anne com certeza conhece o David, ou conhece alguém que conhece o David, ou conhece alguém que conhece alguém que conhece o David, ou... ah, já deu pra entender. :P
1) Parabéns (atrasados) pelo dia 15!
ResponderExcluir2) Esse texto: ♥
3) Compartilhado no meu FB.
4) Essa teoria dos graus de distância só serve para amizades? Ou se a pessoa só foi apresentada pra outra já conta? Pq se for o segundo caso, talvez eu tenha os graus de separação... e se eu não tiver, a Elisa com certeza tem, pq ela conheceu a ANNE HATHAWAY....! A Anne com certeza conhece o David, ou conhece alguém que conhece o David, ou conhece alguém que conhece alguém que conhece o David, ou... ah, já deu pra entender. :P
Há pouco mais de 1 ano atrás eu estava em uma das minhas fossas emocionais quando meu grupo da igreja que eu era parte começou a fazer voluntariado com os sem-tetos. E como tu disse, eu fui achando que ia pra contribuir e acabei recebendo muito mais do que eu imaginava. E, clichê sim, mudou minha vida, meu mundo; isso porque eu já sabia que não precisava ir pra África pra mudar o mundo. É sempre bom ter esses textos pra nos relembrar.
ResponderExcluirPS: Só não gostei de "Um Dia" por causa do otário do Dexter e aquele final bosta 😠
Já falei pra ti que você PRECISA ir pra fila do David Nicholls pra falar essas coisas pra ele.
ResponderExcluirSobre o texto, você falou muito de Um Dia, mas o dilema de "querer deixar sua marca no mundo", quando o mais importante é ser marcante para as pessoas que realmente importam, me lembrou muito o Katherine (e praticamente todos os livros do John Green, aliás!).
Tenho pensado muito nisso ultimamente, de fazer o mundo um lugar melhor, com pequenas coisas, sabe? Por que, tipo, com vinte e poucos anos, não somos mais as pessoas que ficam falando que os outros têm que mudar o mundo, sabe? SOMOS NÓS QUE DEVEMOS MUDAR O MUNDO MESMO! E o que a nossa geração está fazendo? E não precisa muita coisa, protestos, etc... Basta espalhar um pouquinho mais de amor e respeito ao próximo, que já ia melhorar à beça.
E aí, pra terminar, tem uma música do John, outro John, o Mayer que meio que traduz isso de esperar as coisas acontecerem: http://www.vagalume.com.br/john-mayer/waiting-on-the-world-to-change-traducao.html
(Acho, só acho, que eu tinha que tomar vergonha na cara e voltar a escrever pro blog, né?)
HAHAHAHAAHAHA! Vcs sempre lembram! :) :) :) Mas acabei de falar pra ele que David Nicholls vem ao Brasil esse ano. Não precisa ficar esperando alguém falar pra ele não. Vai lá! Conversa com o cara!
ResponderExcluirVerdade! Inclusive, se quiserem companhia pras filas da Bienal, tô dentro (a não ser que eu tenha algum imprevisto pq né rs)... mas de qq forma, se isso não der certo, já tem vc de back-up! :P
ResponderExcluirGENTE, COMO EU ESQUECI DO ATALHO QUE A ELISA É???
ResponderExcluirMas acho que meu amor pelo David Nicholls é platônico, eu nem o conheço, não acompanha a carreira. Escreveu um livro maravilhoso? SIM. Mas vai me fazer entrar numa fila gigante? Ainda não.
Engraçado que, quando eu leio/penso em Um Dia, eu foco sempre na Emma. Fico meio "Nossa, preciso conhecer a Emma, trocar umas palavrinhas com ela", até lembrar que, risos, ela não existe em carne e osso --'
Eu fico imaginando como é a relação das outras pessoas que nasceram no tal dia e leram o livro. Marcar um encontrão na Bienal Hahahah
ResponderExcluirSim! Lembro disso no ACEDE, os protagonistas ficam em lados opostos. O Gus quer ser importante pra humanidade, ser lembrado por algo grande, enquanto a Hazel acha que isso é pressão demais e tá feliz em apenas "mudar um pouquinho ao redor".
Acho que, falando de um amor mais específico, o que mais falta é empatia. Muita gente INCAPAZ de se pôr no lugar do outro. E eu entendo completo pessoas de realidades diferentes entrando em conflito, mas o que me mata é gente que nem tenta compreender. É um esforço consciente, não desce fácil, mas facilitaria muito as coisas se houvesse força de vontade.
VOLTA PARA O SEU BLOG.
Sua experiência <3
ResponderExcluirPS: Aprendi a aceitar o Dexter babaquinha, ele tem uma trajetória e tanto, mas o final bosta, realmente... Quando eu releio, sempre paro antes do final :D